O Clube de Campismo de Lisboa realizou no dia 16 de Maio mais um dos seus extraordinários e participativos eventos.
Onze camionetas, com cerca de 600 sócios do Clube, rolaram e levaram o CCL “misteriosamente” para onde? Mistério foi mistério.   Na verdade, a primeira paragem teve a ver com cultura gastronómica e lá tomámos o pequeno-almoço, já se evidenciando entre os presentes a boa disposição e a camaradagem.
Entre cantigas e anedotas lá nos fomos aproximando do primeiro destino: Batalha, Mosteiro de Santa Maria da Vitória, considerado Património Nacional desde 1907 e classificado como Património Mundial pela UNESCO desde 1983, um dos principais e mais emblemáticos monumentos nacionais. A Batalha simboliza a independência nacional e consagrou a vitória de 1385 ao longo das gerações.  A história foi contada e a memória do tempo chegou até nós através deste edifício construído a partir de uma promessa feita a Nossa Senhora pela vitória da batalha de Aljubarrota contra os castelhanos, pelo então Mestre de Avis, futuro Rei D. João I.
O calor já apertava mas era realmente uma visão espantosa ver toda a área envolvente do Mosteiro repleta de sócios do CCL, que se enganaram se pensavam que dali seguiriam para o tão esperado almoço.
E lá voltámos de novo à estrada, para onde agora? Os palpites eram muitos: Alcobaça, Nazaré, Santarém, mistério….. Cerca de 45 minutos depois de deixarmos a Batalha chegámos às Salinas de Rio Maior. Em Marinhas do Sal a 80 km de Lisboa e 30 km do mar há “SAL SEM MAR”? Aprendemos que  a água salgada provém de uma extensa e profunda mina de sal-gema, que é atravessada por uma corrente subterrânea de água doce, que se torna depois salgada. Ainda em exploração, mantendo as regras de utilização e gestão com oito séculos de história, as salinas constituem um valioso e invulgar património natural e cultural, classificado de Imóvel de Interesse Público e estão inseridas numa pequena aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, com lojas de artesanato e produtos locais, um posto de informação e divulgação e instalações sanitárias. E depois da visita, aquilo é que foram “compras salgadas”.
Agora é que estava mesmo na hora de rumarmos ao dito “almoço” e depois de alguma brincadeira relativamente à distância do local, 10 minutos depois entravamos no Restaurante “Gato Preto”, na Quinta das Acácias em Rio Maior que nos proporcionou uma agradável experiência gastronómica, com grande qualidade e instalado num espaço verdadeiramente idílico. Depois foi dançar ao som dos Companhia Limitada e por fim depois de um lauto lanche, dos discursos que também são necessários, chegou a “Hora do Adeus” e porque vi e sobretudo senti, foi um momento de grande carga emocional, as lágrimas rolavam na cara de alguns, a emoção patente em todos deu-nos a certeza de que para o ano cá estaremos, reunidos por um mesmo ideal o CLUBE DE CAMPISMO DE LISBOA.